quarta-feira, 4 de setembro de 2013

The Death and Return of Superman (2011)


Todos devem saber a maluquice que é acompanhar as sagas dos principais quadrinhos americanos, principalmente por conta do morre-ressuscita constante de vários personagens das HQs. Essa "Jesus-Cristização quadrínica" que vira e mexe acontece se deve principalmente a uma saga lançada nos EUA em 1992: "A Morte do Superman".

Como o nome já diz, a citada storyline mostra o Superman morrendo. Basicamente, foi uma maneira de a DC Comics fazer o "chato" personagem ficar mais interessante e aumentar as vendagens de seus gibis. Claro que isso foi anunciado como uma bomba - eu mesmo era bem pequeno (tinha uns 7 anos), mas me lembro de telejornais falando disso. Foi um marketing extremamente bem sucedido por parte da DC, pois, assim que saiu a história, ela vendeu como água no deserto - um sucesso estrondoso! O problema é que depois eles deram um jeito escroto de fazer o Superman voltar a viver, e aí já viu, né?! Tome reclamação das pessoas que compraram a HQ com a morte do Supinho.

Pois bem, em 2011, Max Landis, filho do lendário e fodão cineasta John Landis (Os Irmãos Cara-de-Pau, Um Lobisomem Americano em Londres, etc.), chamou um pessoal e fez um curta-metragem sobre a supracitada saga e as consequências geradas por ela, com o nome The Death and Return of Superman (queriam que se chamasse o quê? "Sorvete de Uva"?). Basicamente, o curta mostra um monólogo de Max Landis sobre a saga intercalando com imagens de atores encenando de maneira tosca os eventos narrados por ele. A maneira usada por Landis para contar a história é hilária, parecida com aquelas conversas em mesa de bar (já experimentou conversar sobre filmes, quadrinhos, música, enquanto toma umas cervas? É desse jeito) - não à toa, ele aparece bebendo uísque enquanto fala. As encenações das cenas descritas fazem jus ao modo como o "Júnior" as conta: atuações toscas e exageradas com figurinos ridículos. Muito bacana!

Algo bem legal em The Death... é notar algumas caras bem conhecidas, como Elijah Wood, Mandy Moore, Simon Pegg e Ron Howard, atuando da maneira mais anti-profissional possível. Fica impossível não imaginar algo como "Cacete! O Frodo tá participando DISSO?!"

Porém, o mais legal é a crítica inteligentíssima contida no curta. Além de criticar a qualidade da saga, Max Landis põe o dedo na ferida das editoras ao mostrar o quanto o fã pode ser desrespeitado na busca incessante por atenção e dinheiro. E tudo isso de maneira bem-humorada e criativa. Pelo visto, o talento do paizão foi herdado pelo jovem Landis.

Agora, a parte mais bacana: o curta está disponibilizado na íntegra (e legendado, pra quem não domina o idioma bretão) no Youtube. E eu sou tão legal que coloquei o vídeo aí embaixo para vocês se deleitarem. De nada!


PS: Alguém notou a propaganda do filme Chronicle (roteirizado pelo Max Landis) no vídeo? Esse filme foi lançado no Brasil como Poder sem Limites.

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