sábado, 24 de maio de 2014

X-Men e a certeza de que o tempo corrige tudo

É incrível como viagens no tempo dão margem pra histórias excelentes. E não falo apenas de livros, mas de histórias em geral. É muito interessante como em todas as histórias que envolvem viagens no tempo o elemento (ou objetivo) principal da história é corrigir algum evento que aconteceu no passado, ou ainda corrigir uma linha temporal que se "quebrou" por algum motivo. É assim com "De Volta para o Futuro", por exemplo. O protagonista tem que corrigir a linha temporal, quebrada quando ele voltando ao passado, faz com que sua mãe se apaixone por ele (!!) e não pelo seu pai.

Outras histórias querem apenas mudar (ou tentar mudar) a linha temporal para que o futuro seja alterado. É assim com "Máquina do Tempo", ou "Os 12 Macacos". O objetivo aqui é mostrar que o futuro não pode ser alterado, por mais que se mude a linha temporal. Nesta linha temos também  a série "Heroes", com o famoso mote "Save the Cheerleader, save the World", onde uma personagem tem que ser salva para que o futuro seja menos tenebroso.

Todas estas histórias têm em comum o fato de que o motivo da viagem no tempo consiste única e exclusivamente para compor a história. Mas, pela primeira vez, alguém usou a viagem no tempo para além disso. Usou para corrigir uma franquia de filmes.



X-Men começou muito bem. O primeiro filme, de 2000, é muito bom. História fechada, sem furos, objetiva e pontual. Não é um senhor filme, mas não chega a ser uma tragédia. 3 anos depois, temos o segundo filme, mais focado nas origens do Carcaju. É legal, divertido, fechado. Mas aí vem o terceiro filme, que tenta acabar a franquia, mas deixa mais buracos que consegue tapar, e ainda impossibilita continuações pra tentar tapar os buracos que sobraram. Para piorar a situação, ainda fizeram aquela galhofa chamada "X-Men Origens: Wolverine". Eu sinceramente, tinha perdido as esperanças.

Mas aí resolveram contar a origem dos X-Men. Em 2011, a franquia voltou com um filme excelente ("X-Men: Primeira Classe"), superando as minhas expectativas. Colocando a franquia no passado, a franquia pôde ter terreno pra contar histórias sem se contaminar com os filmes antigos. Afinal, a maioria dos personagens dos filmes anteriores nem tinha nascido. Porém, a dúvida permanecia: como aproveitar (se é que isso era possível) os filmes anteriores e ainda fazer boas histórias?

Brian Singer conseguiu fazer isso de forma magistral com "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido". Utilizando a viagem temporal como pretexto, ele contou uma boa história e mudou o futuro para "apagar" a realidade dos filmes anteriores. Assim, a linha temporal da franquia ficou livre para que a história seja recontada de uma forma melhor. Não entendeu? Calma que eu explico. :D

A PARTIR DE AGORA, POSSÍVEIS SPOILERS DO FILME!!

O filme começa em um futuro dominado pelos Nimrods, versões evoluídas das Sentinelas, que são robôs exterminadores de mutantes. Pelo fato dos mutantes principais do filme neste futuro serem do antigo elenco da franquia, podemos assumir que este futuro pertence a mesma linha temporal dos filmes antigos de X-Men. Então, Lince Negra envia a consciência de Logan de volta ao passado (em 1973, portanto alguns anos depois dos eventos de "X-Men: Primeira Classe") para que ele una Magneto e Professor X e impeçam a Mística de matar Bolívar Trask, criador do projeto Sentinela e criar o futuro sombrio. Como eles conseguem fazer isso, o projeto é cancelado e o futuro é alterado para um outro futuro onde todos do elenco antigo estão vivos. Se o futuro foi alterado, toda a história anterior foi mudada, incluindo todos os outros filmes da franquia X-Men!! Ao final do filme, Logan acorda no novo futuro na Mansão X, e Xavier começa a lhe contar o que aconteceu a partir de 1973, quando o futuro foi mudado e ele não se lembra de nada. Ou seja, a franquia agora, partirá de 1973, para chegar aos dias atuais, contando uma nova história.

Deste modo, Brian Singer apenas utilizou o elenco antigo para fazer a ponte para esta nova fase da franquia, e assim, poder deixá-la livre e sem a menor necessidade de corrigir os erros do passado, porque eles só existiam em um futuro que foi esquecido. Foi ou não foi uma tacada de mestre??

E uma dica: fiquem para a cena pós-créditos. Não acrescenta nada a este filme, mas é foda, se nós assistirmos pensando no próximo filme dos mutunas.

 Inté.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Metal na Copa 2014 - Grupo H


E finalmente, depois de mais um mês de hibernação, chegamos à ultima postagem da série! Confiram agora as bandas escolhidas para representarem seus respectivos países membros do Grupo H do certame.


BÉLGICA - Channel Zero


Banda de thrash/groove metal bastante interessante. Foi formada durante o ano de 1990 na capital belga (Bruxelas) e, até o momento, já lançou 6 discos de estúdio.

Abaixo, o clipe da faixa-título do álbum Black Fuel, de 1996.



ARGÉLIA - RiverGate


Sim! Finalmente uma banda citada na série que vem do continente africano! O RiverGate se destaca principalmente por não seguir a tendência argelina de priorizar gêneros mais extremos do metal. O som da banda oriunda da cidade de Argel e que está ativa desde 2012 é um metal progressivo bastante competente.

Seu único registro fonográfico até o momento é o EP Enter the Gate, lançado em 2013.

Ouçam a seguir a música "Chains of Memory", presente no EP supracitado.



RÚSSIA - Arkona


O quinteto moscovita, cujo nome originalmente é escrito em russo (Аркона) é uma das bandas russas mais conhecidas no cenário mundial. Seu folk metal trata principalmente de lendas eslávicas e paganismo (o que dava para imaginar ao ver a foto, não é mesmo?). Desde sua fundação, em 2002, o Arkona já lançou 7 LPs de estúdio.

Vejam a seguir o vídeo de "Liki Bessmertnykh Bogov" (orig,: Лики Бессмертных Богов), presente no disco Goi, Rode, Goi! (orig.: Гой, Роде, Гой!), lançado em 2009.



COREIA DO SUL - Crash


A banda de Seul foi formada em 1989 e se notabilizou, ao iniciar a carreira, por fazer um thrash metal com pitadas cada vez mais presentes de death. Com o tempo, passaram a incorporar elementos de metal industrial no seu som para, em seguida, retornar às suas raízes thrash - mas dessa vez com doses mais cavalares de groove, lembrando bastante bandas como o Lamb of God.

Possuem uma discografia de 6 LPs de estúdio lançados.

Assistam abaixo ao clipe da música "Crashday", presente no álbum de 2010, The Paragon of Animals.



E assim se encerra a série "Metal na Copa 2014". Espero que tenham curtido e achado alguma banda de seu interesse. Obrigado aos que acompanharam a série ao longo de seu desenvolvimento (mesmo com tantos atrasos na publicação das postagens)!