sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Playlists #1: Durval Discos

Olá a todos!

Já vi um monte de sites publicando playlists do Spotify, e porque não criar uma série de posts aqui no Lampião com as nossas playlists?

Pra começar a nossa série, uma playlist da trilha sonora de um filme que, apesar de não ter visto, gostei mesmo assim. Trata-se de Durval Discos (2002), um filme sobre um cidadão que insiste em vender LPs em uma era onde o CD ainda era o rei (hoje os dois olham o streaming reinar absoluto). O autor da trilha sonora é o André Abujamra, que está recheada de músicas "não-tradicionais". É um excelente retrato da nossa música, que não se restringe ao pop-rock/samba/axé/sertanejo/derivados.

Infelizmente, está faltando uma música na lista: Mestre Jonas, interpretada pelo grupo Os Mulheres Negras. Procurei no Spotify e não achei. Quando ela estiver disponível, atualizarei a playlist com certeza.

No mais, aproveitem! 

PS: Caso vocês queiram ver alguma playlist interessante na nossa lista, podem listar nos comentários!

sábado, 8 de novembro de 2014

Pink Floyd - The Endless River (2014)



Sim, senhores! O Pink Floyd lançou mais um disco, depois de 20 anos de lançamento de seu último lançamento de estúdio, o belo The Division Bell. O anúncio do lançamento de The Endless River foi um choque para todos, pois a banda ficou inativa depois da turnê que gerou o vídeo/disco ao vivo Pulse, em 1995 - descontando, é claro, o mini-show com a reunião da formação clássica do Floyd no Live 8 -, e também pelo fato de guitarrista e vocalista David Gilmour negar zilhões de vezes que a banda se reuniria para alguma turnê ou disco.

Após a surpresa gerada pela notícia, os admiradores do conjunto ficaram pensando como seria o disco, principalmente depois que foi dito que The Endless River seria um disco que teria como base gravações da época do LP The Division Bell que ficaram de fora deste álbum, servindo, de acordo com Gilmour, como uma homenagem ao tecladista Richard Wright, morto em 2008. Houve quem imaginasse que o baixista e vocalista Roger Waters (o qual saiu da banda em 1983) poderia participar das gravações, o que foi prontamente negado por este. Também se especulou sobre a qualidade do disco, pois, além de ser um disco baseado em "sobras" de gravação, ele seria quase que totalmente instrumental. O fato é que, após o anúncio, The Endless River se tornou o álbum com a maior pré-venda da história da filial britânica da loja virtual Amazon, mostrando a importância de uma banda "defunta" que marcou história na música.

Bom, se você, caro leitor, não abandonou esta postagem depois de tanto blá-blá-blá, é porque está querendo realmente saber a opinião deste blogueiro de bosta sobre o álbum. Então, já que insiste, eu a darei nos parágrafos abaixo. :)

Todos sabemos da qualidade instrumental do Pink Floyd, obviamente, e ninguém esperaria um instrumental ruim vindo de uma banda tão competente. O que se temia era uma possível coleção tosca de sobras de estúdio visando somente lucrar com base no fanatismo daqueles que querem tudo lançado pelo Floyd. Se esse era o seu temor, pode ficar tranquilo: The Endless River é uma coleção de músicas agradáveis e executadas brilhantemente pelos trio Gilmour/Wright/Nick Mason, juntamente com seus músicos de apoio, destacando-se os ótimos solos de guitarra e os belos arranjos de teclado.

O disco, também lançado em vinil duplo, é dividido em quatro "lados"; cada lado pode ser considerado como uma suíte composta pelas faixas que o compõe. Essa divisão ficou bem interessante, pois cada conjunto de faixas ficou bem coeso, e a divisão das suítes ficou bastante coerente. Pessoalmente, o que mais me agradou foi o "Lado 3", no qual consta a já divulgada faixa "Allons-Y (1)".

Falando em faixa já divulgada, "Lost for Words" a única música em que David Gilmour canta no disco, é legal - lembrando os dois álbuns anteriores do Pink Floyd, lançados após a saída do então lider Waters da banda -; no entanto, não é tão empolgante e nem pode ser considerado o ponto alto de The Endless River, muito embora seja um fechamento digno para o álbum (sem contar as faixas bônus da edição deluxe - falo sobre elas já, já).

Há também duas faixas contendo falas do físico Stephen Hawking, "Things Left Unsaid" e "Talkin' Hawkin'", o que remete à faixa "Keep Talking", do The Division Bell, também com a participação dele. Além disso, há uma boa faixa que chama a atenção justamente pelo seu título: "Autumn '68" (para quem não sabe, há no disco Atom Heart Mother uma faixa chamada "Summer '68", escrita e cantada por Richard Wright).

Deve-se ressaltar que a produção do disco merece os parabéns. David Gilmour exerceu a função junto com Andy Jackson (que já havia trabalhado com o Pink Floyd antes), Phil Manzanera (colaborador de Gilmour e conhecido principalmente por ter sido membro do Roxy Music e pela sua carreira solo) e Martin "Youth" Glover (membro do Killing Joke e produtor de artistas/bandas como The Verve, Marilyn Manson e Dido). O quarteto conseguiu deixar o disco soando bem, fazendo com que ele, como dito anteriormente, soasse lógico e coeso, e não um mero caça-níqueis com um punhado de faixas descartadas.

Porém, apesar dos elogios, é preciso salientar que o álbum não pode, de forma alguma, ser considerado como essencial. É bem bacana, melhor do que alguns discos anteriores do Floyd, como More, Obscured by Clouds e A Momentary Lapse of Reason. Arrisco até dizer que The Endless River é melhor do que o último disco com Roger Waters, The Final Cut, mas devo alertar que é um disco que, além de não se comparar a clássicos como Animals, Dark Side of the Moon e Wish You Were Here, pode ser meio incômodo para alguns por ter música instrumental. Eu definiria o álbum como "versão música ambiente do The Division Bell". É um álbum para se ouvir relaxando, curtindo as nuances das músicas que o compõem, além de uma bela maneira de lembrar não só do falecido Richard Wright, mas também de uma das bandas mais importantes que já passaram pelo planeta.

PS: A edição deluxe contém três faixas bônus: a encheção de linguiça "TBS9", a bacaninha "TBS14" e a ótima "Nervana", a qual poderia ter entrado no set-list padrão do álbum.

Set-list:

SIDE 1:

1. Things Left Unsaid
2. It's What We Do
3. Ebb and Flow

SIDE 2:

1. Sum
2. Skins
3. Unsung
4. Anisina

SIDE 3:

1. The Lost Art of Conversation
2. On Noodle Street
3. Night Light
4. Allons-y (1)
5. Autumn '68
6. Allons-y (2)
7. Talkin' Hawkin'

SIDE 4:

1. Calling
2. Eyes to Pearls
3. Surfacing
4. Louder Than Words

FAIXAS BÔNUS:

1. TBS9
2. TBS14
3. Nervana




sábado, 24 de maio de 2014

X-Men e a certeza de que o tempo corrige tudo

É incrível como viagens no tempo dão margem pra histórias excelentes. E não falo apenas de livros, mas de histórias em geral. É muito interessante como em todas as histórias que envolvem viagens no tempo o elemento (ou objetivo) principal da história é corrigir algum evento que aconteceu no passado, ou ainda corrigir uma linha temporal que se "quebrou" por algum motivo. É assim com "De Volta para o Futuro", por exemplo. O protagonista tem que corrigir a linha temporal, quebrada quando ele voltando ao passado, faz com que sua mãe se apaixone por ele (!!) e não pelo seu pai.

Outras histórias querem apenas mudar (ou tentar mudar) a linha temporal para que o futuro seja alterado. É assim com "Máquina do Tempo", ou "Os 12 Macacos". O objetivo aqui é mostrar que o futuro não pode ser alterado, por mais que se mude a linha temporal. Nesta linha temos também  a série "Heroes", com o famoso mote "Save the Cheerleader, save the World", onde uma personagem tem que ser salva para que o futuro seja menos tenebroso.

Todas estas histórias têm em comum o fato de que o motivo da viagem no tempo consiste única e exclusivamente para compor a história. Mas, pela primeira vez, alguém usou a viagem no tempo para além disso. Usou para corrigir uma franquia de filmes.



X-Men começou muito bem. O primeiro filme, de 2000, é muito bom. História fechada, sem furos, objetiva e pontual. Não é um senhor filme, mas não chega a ser uma tragédia. 3 anos depois, temos o segundo filme, mais focado nas origens do Carcaju. É legal, divertido, fechado. Mas aí vem o terceiro filme, que tenta acabar a franquia, mas deixa mais buracos que consegue tapar, e ainda impossibilita continuações pra tentar tapar os buracos que sobraram. Para piorar a situação, ainda fizeram aquela galhofa chamada "X-Men Origens: Wolverine". Eu sinceramente, tinha perdido as esperanças.

Mas aí resolveram contar a origem dos X-Men. Em 2011, a franquia voltou com um filme excelente ("X-Men: Primeira Classe"), superando as minhas expectativas. Colocando a franquia no passado, a franquia pôde ter terreno pra contar histórias sem se contaminar com os filmes antigos. Afinal, a maioria dos personagens dos filmes anteriores nem tinha nascido. Porém, a dúvida permanecia: como aproveitar (se é que isso era possível) os filmes anteriores e ainda fazer boas histórias?

Brian Singer conseguiu fazer isso de forma magistral com "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido". Utilizando a viagem temporal como pretexto, ele contou uma boa história e mudou o futuro para "apagar" a realidade dos filmes anteriores. Assim, a linha temporal da franquia ficou livre para que a história seja recontada de uma forma melhor. Não entendeu? Calma que eu explico. :D

A PARTIR DE AGORA, POSSÍVEIS SPOILERS DO FILME!!

O filme começa em um futuro dominado pelos Nimrods, versões evoluídas das Sentinelas, que são robôs exterminadores de mutantes. Pelo fato dos mutantes principais do filme neste futuro serem do antigo elenco da franquia, podemos assumir que este futuro pertence a mesma linha temporal dos filmes antigos de X-Men. Então, Lince Negra envia a consciência de Logan de volta ao passado (em 1973, portanto alguns anos depois dos eventos de "X-Men: Primeira Classe") para que ele una Magneto e Professor X e impeçam a Mística de matar Bolívar Trask, criador do projeto Sentinela e criar o futuro sombrio. Como eles conseguem fazer isso, o projeto é cancelado e o futuro é alterado para um outro futuro onde todos do elenco antigo estão vivos. Se o futuro foi alterado, toda a história anterior foi mudada, incluindo todos os outros filmes da franquia X-Men!! Ao final do filme, Logan acorda no novo futuro na Mansão X, e Xavier começa a lhe contar o que aconteceu a partir de 1973, quando o futuro foi mudado e ele não se lembra de nada. Ou seja, a franquia agora, partirá de 1973, para chegar aos dias atuais, contando uma nova história.

Deste modo, Brian Singer apenas utilizou o elenco antigo para fazer a ponte para esta nova fase da franquia, e assim, poder deixá-la livre e sem a menor necessidade de corrigir os erros do passado, porque eles só existiam em um futuro que foi esquecido. Foi ou não foi uma tacada de mestre??

E uma dica: fiquem para a cena pós-créditos. Não acrescenta nada a este filme, mas é foda, se nós assistirmos pensando no próximo filme dos mutunas.

 Inté.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Metal na Copa 2014 - Grupo H


E finalmente, depois de mais um mês de hibernação, chegamos à ultima postagem da série! Confiram agora as bandas escolhidas para representarem seus respectivos países membros do Grupo H do certame.


BÉLGICA - Channel Zero


Banda de thrash/groove metal bastante interessante. Foi formada durante o ano de 1990 na capital belga (Bruxelas) e, até o momento, já lançou 6 discos de estúdio.

Abaixo, o clipe da faixa-título do álbum Black Fuel, de 1996.



ARGÉLIA - RiverGate


Sim! Finalmente uma banda citada na série que vem do continente africano! O RiverGate se destaca principalmente por não seguir a tendência argelina de priorizar gêneros mais extremos do metal. O som da banda oriunda da cidade de Argel e que está ativa desde 2012 é um metal progressivo bastante competente.

Seu único registro fonográfico até o momento é o EP Enter the Gate, lançado em 2013.

Ouçam a seguir a música "Chains of Memory", presente no EP supracitado.



RÚSSIA - Arkona


O quinteto moscovita, cujo nome originalmente é escrito em russo (Аркона) é uma das bandas russas mais conhecidas no cenário mundial. Seu folk metal trata principalmente de lendas eslávicas e paganismo (o que dava para imaginar ao ver a foto, não é mesmo?). Desde sua fundação, em 2002, o Arkona já lançou 7 LPs de estúdio.

Vejam a seguir o vídeo de "Liki Bessmertnykh Bogov" (orig,: Лики Бессмертных Богов), presente no disco Goi, Rode, Goi! (orig.: Гой, Роде, Гой!), lançado em 2009.



COREIA DO SUL - Crash


A banda de Seul foi formada em 1989 e se notabilizou, ao iniciar a carreira, por fazer um thrash metal com pitadas cada vez mais presentes de death. Com o tempo, passaram a incorporar elementos de metal industrial no seu som para, em seguida, retornar às suas raízes thrash - mas dessa vez com doses mais cavalares de groove, lembrando bastante bandas como o Lamb of God.

Possuem uma discografia de 6 LPs de estúdio lançados.

Assistam abaixo ao clipe da música "Crashday", presente no álbum de 2010, The Paragon of Animals.



E assim se encerra a série "Metal na Copa 2014". Espero que tenham curtido e achado alguma banda de seu interesse. Obrigado aos que acompanharam a série ao longo de seu desenvolvimento (mesmo com tantos atrasos na publicação das postagens)!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Metal na Copa 2014 - Grupo G


E aqui está, finalmente, a penúltima postagem da série "Metal na Copa 2014". Desta vez, trazemos as bandas escolhidas para representar os países que compões o Grupo G do torneio.


ALEMANHA - Dezperadoz


Começou como um projeto do guitarrista Alex Kraft com o vocalista do Sodom, Tom Angelripper (cujo projeto paralelo, Onkel Tom, tinha Kraft na sua formação), chamado Desperados. O objetivo dos dois era que o repertório e o visual do projeto fossem baseados em filmes do gênero eurowestern. Após lançarem um disco, The Dawn of Dying, lançado em 2000, o Desperados entra em hiato de 6 anos, quando Kraft resolve voltar com a banda, agora renomeada como "Dezperadoz"; com Angelripper impossibilitado de continuar participando do projeto, o guitarrista resolve assumir os vocais (dando uma abordagem mais melódica às linhas vocais das músicas que seriam lançadas a seguir) e recrutar outros músicos para a formação do grupo.

O som do Dezperadoz é uma fusão de thrash, metal tradicional e southern metal (gênero que, como sugere o nome, une metal a influências de southern rock), além, é claro, de pitadas de trilha sonora de filmes de faroeste. Lançaram 4 álbuns de estúdio até o momento.

Assistam abaixo ao vídeo da música "Yippie Ya Yeah (More than One Good Reason)", extraída do álbum de 2012, Dead Man's Hand.



PORTUGAL - Moonspell


O Moonspell pode ser considerado o Sepultura de Portugal - não por conta do estilo musical, que, após um início mais voltado ao black metal, se transmutou em metal gótico com crescentes influências de metal extremo, mas sim por ser a banda de metal mais conhecida de seu respectivo país no mercado internacional.

Formada em 1989, a banda incorporou, ao longo dos anos, influências culturais portuguesas, tanto nas letras (muitas vezes inspiradas em poetas lusitanos, como Fernando Pessoa), quanto nos arranjos (com a presença de ritmos e instrumentos típicos de Portugal). Possui 10 discos de estúdio.

Confiram abaixo o clipe de "Lickanthrope", presente no álbum Alpha Noir, lançado em 2012. 



GANA - NÃO TEM!!!

É. Não rola muito metal na África, pelo visto...


ESTADOS UNIDOS - Machine Head


Escolher apenas uma banda dos EUA atualmente não é lá uma tarefa muito fácil, porque, de uns anos para cá, o país se tornou um celeiro repleto de ótimos conjuntos. Porém, não dá para discordar que uma das bandas que mais vêm se destacando atualmente é o Machine Head. Fundado em 1992 e liderado pelo vocalista e guitarrista Robb Flynn (anteriormente integrante da Vio-Lence, que foi uma das várias bandas do cenário thrash metal americano), o grupo se notabiliza pelo seu som que pode ser definido como post-thrash/groove metal, embora tenha flertado com o hoje tão desprezado nü-metal entre o final da década de 90 e o início dos anos 2000. Sua reputação entre crítica e público tem crescido bastante principalmente pela qualidade de seus dois últimos LPs, The Blackening e Unto the Locust, e o Machine Head tem tudo para se tornar um dos gigantes do metal atual (se é que já não se tornou).

Até o momento, 7 álbuns de estúdio foram lançados pela banda.

Abaixo, vocês podem conferir o vídeo da música "Locust", presente no disco de 2011, Unto the Locust.



Com isso, chegamos ao final da penúltima postagem da série "Metal na Copa 2014". Fiquem atentos para a próxima atualização, que trará o final desta série de postagens, com bandas representantes dos países do Grupo H - Bélgica, Argélia, Rússia e Coreia do Sul. Até lá!

sexta-feira, 14 de março de 2014

Metal na Copa 2014 - Grupo F


Depois de mais um tempo sem postagens (foi mal, pessoal...) apresentamos agora a sexta parte da série de postagens "Metal na Copa 2014", com bandas representantes dos países que compõem o Grupo F do torneio.


ARGENTINA - Rata Blanca


Um dos conjuntos argentinos mais conhecidos ao redor do mundo, o Rata Blanca foi formado em 1985 e já lançou 9 LPs de estúdio. Seu som é um heavy metal tradicional com influências de power e o líder da banda, o guitarrista Walter Giardino, é bastante influenciado por Yngwie Malmsteen e Ritchie Blackmore - visual e musicalmente.

Assistam ao vídeo da música "Mujer Amante", presente no álbum Magos, Espadas y Rosas, de 1990.



BÓSNIA - Silent Kingdom


Formada em 1999, a banda de Sarajevo funde black/death metal e música folclórica bósnia, resultando num som bastante interessante (o som é definido pela própria banda como oriental black metal). Possuem 4 LPs de estúdio.

Ouçam abaixo a faixa "Above the Bed of Stones", retirada do álbum mais recente, Path to Oblivion, lançado em 2011.



IRÃ - Angband


O conjunto surgiu em 2004 na cidade de Teerã e foi formado inicialmente como um projeto instrumental do guitarrista de formação erudita Mahyar Dean (conhecido internacionalmente por ter escrito biografias das bandas Death e Testament), mas passou a contar com canções depois que este conheceu o vocalista Ashkan Yazdani. O Angband mistura prog e power metal e já lançou 3 LPs de estúdio, tendo recebido a atenção da "cena metálica" mundial por ter sido a primeira banda a assinar um contrato com uma gravadora internacional.

Ouçam abaixo a faixa "Seasons of My Pain", presente no disco de 2012, Saved from the Truth.



NIGÉRIA - NÃO TEM!!!

África, você está deixando a desejar em se tratando de heavy metal...


E assim se encerra a 6ª parte do especial "Metal na Copa 2014". Em breve, a penúltima postagem da série, com bandas dos países do Grupo G do certame - Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos. Até lá!

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Metal na Copa 2014 - Grupo E


Dando continuidade à série de postagens "Metal na Copa 2014" (já era hora, né?), agora é hora de conferir bandas que vêm de países membros do Grupo E do torneio.


SUÍÇA - Triptykon


Logo depois de ter saído do lendário grupo Celtic Frost, em 2008 (a banda acabou encerrando as atividades no mesmo ano), o vocalista e guitarrista Thomas Gabriel Fischer (mais conhecido como Tom G. Warrior) fundou o Triptykon. O som do novo quarteto pode ser definido como uma continuação direta do último disco lançado pelo Frost (Monotheist, de 2006) - ou seja, uma mistura de doom e gothic metal com o death/black metal com influências de avant-garde feito pelo grupo anterior de Warrior no início da carreira. Lançou um LP de estúdio, além de um EP.

Confiram abaixo o vídeo da faixa-título do EP Shatter, lançado em 2010.



EQUADOR - Jethzabel


Na ativa desde 1999, a banda equatoriana faz um som bastante competente calcado no prog metal, com influências de metal neoclássico, chegando a ter um violinista em sua formação. Infelizmente, o Jethzabel não é muito conhecido, principalmente pela dificuldade das bandas do país em conseguir apoio e divulgação em sua terra natal.

Assista abaixo ao clipe da música "Jezabel", extraída de seu único álbum, Vision, lançado em 2007.



FRANÇA - Gojira


A banda francesa é uma das mais interessantes surgidas nos últimos anos. Formada em 1996 com o nome de Godzilla (mudaram para Gojira (pronúnica japonesa do nome) em 2001 para evitar problemas com copyright), o quarteto chamou a atenção de crítica e público ao mostrar sua música, a qual funde death, groove e prog metal. Possui 5 LPs de estúdio lançados.

Confiram o vídeo da faixa-título do álbum mais recente do Gojira, L'Enfant Sauvage, de 2012.



HONDURAS - Delirium


O som do conjunto hondurenho, formado em 1990, é um heavy metal tradicional misturado com elementos de thrash e power, com riffs de guitarra muito bem trabalhados e mesclando temas mais pesados com faixas mais lentas. Possuem 5 álbuns de estúdio.

Ouçam abaixo a faixa "Arrodillate", do disco Errante, lançado em 2011.



E está encerrada a 5ª postagem da série "Metal na Copa 2014". Fiquem atentos para as próximas postagens, sendo a próxima a que trará bandas que vêm dos países que compõem o Grupo F - Argentina, Bósnia, Irã e Nigéria. Até lá!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Eloy - Reincarnation on Stage (2014)


Finalmente! Depois de anos sem um registro ao vivo (o único, Live, havia sido lançado em 1978), a banda alemã Eloy lança um disco que abrange grande parte da longeva carreira que a fez ser considerada uma das mais importantes do cenário progressivo germânico.

Reincarnation on Stage traz a banda liderada pelo guitarrista/vocalista Frank Bornemann tocando vários dos seus clássicos, em gravações feitas durante sua turnê mais recente (realizada entre 2012 e 2013). Para saciar a sede dos admiradores, foi lançado um álbum duplo, contendo 21 faixas, sendo uma delas inédita ("Namaste") - claro que houve muitas músicas faltando, afinal, são quase 45 anos de existência (eu mesmo senti falta de algum material dos três primeiros discos de estúdio), mas ninguém pode falar mal do setlist, que foi muito bem escolhido.

Um dos atrativos do disco é o registro ao vivo de músicas pós-1978, que não haviam sido incluídas no disco Live (por motivos óbvios), como "Sihouette", "Child Migration", "Follow the Light", "The Tides Return Forever", entre outras. A presença de músicas obrigatórias como "The Sun Song", "Poseidon's Creation" e "Atlantis Agony..." (esta em versão mais curta do que a original) abrilhanta ainda mais o disco. Alguns podem achar negativo o fato de essas versões ao vivo não terem muitas novidades em relação às originais, podendo representar uma certa falta de ousadia, mas o Eloy, apesar de sempre ter sido composto por ótimos instrumentistas, nunca foi uma banda muito afeita a improvisações, de modo que não acho que isso seja algo ruim.

A formação atual se mostra extremamente afiada e competente na execução do set - se bem que dizer isso é meio redundante, visto que Frank Bornemann sempre se cercou de músicos de alto nível nas diversas formações que o Eloy teve ao longo dos anos. O líder Bornemann mostra que, mesmo com idade avançada (ele tinha 67 anos ao iniciar a turnê), consegue cantar muito bem e, para o alívio de alguns, mostra que o seu sotaque alemão está bem menos forte do que no início da carreira.

Posso dizer que a espera valeu a pena. Reincarnation on Stage é um ótimo ponto de partida para quem não conhece o Eloy e também uma bela aquisição para os aficionados por Frank Bornemann & Cia.

Setlist:

Disco 1
  1. Namaste
  2. Child Migration
  3. Paralized Civilization
  4. Mysterious Monolith
  5. Age of Insanity
  6. The Apocalypse
  7. Silhouette
  8. Poseidon's Creation
  9. Time to Turn
  10. The Sun Song
  11. Horizons
  12. Illuminations
Disco 2
  1. Follow the Light
  2. Awakening of Conciousness
  3. The Tides Return Forever
  4. Ro Setau
  5. Mystery
  6. Decay of Logos
  7. Atlantis' Agony At June 5th 8498,13 p.m. Gregorian Earthtime
  8. The Bells of Notre Dame
  9. Thoughts

Formação:
  • Frank Bornemann: guitarra e vocais
  • Michael Gerlach: teclados
  • Hannes Folberth: teclados
  • Klaus-Peter Matziol: baixo
  • Bodo Schopf: bateria e percussão
Músicos de apoio:
  • Steve Mann: guitarra
  • Alexandra Seubert: vocais
  • Tina Lux: vocais
  • Anke Renner: vocais


PS: A próxima postagem da série "Metal na Copa 2014" vai demorar um pouco devido a problemas técnicos - em outras palavras, falta de tempo e ausência de internet decente, que são primordiais para atrapalhar a elaboração dos posts. Voltamos em breve. Aguardem!